Descrição da atração
Campo dei Mori é uma praça localizada na parte norte de Veneza, no bairro Cannaregio, a cerca de 100 metros do Canal Delle Navi, que separa a costa norte de Veneza do "continente". Hoje é um lugar tranquilo e remoto que não é frequentemente visitado por turistas e, em um passado distante, Campo dei Mori foi o centro de uma comuna próspera. Perto dali ficavam as marinas e os estaleiros, por onde chegavam a maior parte dos visitantes e cargas do "continente". A própria palavra "mori" significa "mouros" em italiano, mas é sabido que o território do Campo nunca foi habitado por imigrantes do Norte de África. Provavelmente, o nome da praça vem dos irmãos Mastelli - Rioba, Sandi e Afani, que chegaram da cidade de Morea, no Peloponeso, e se estabeleceram em Veneza no século XII. Na esquina da praça, que corre paralela ao canal, está a estátua de um dos irmãos, o senhor Antonio Rioba. O nariz perdido da estátua já foi substituído por uma cinta de metal feia. Dois outros irmãos, vestidos com trajes nacionais, estão na porta de suas casas, um deles de frente para a praça, e o outro - na margem sul do Rio Madonna del Orto.
Os irmãos Mastelli foram empresários de sucesso e investiram muito na Quarta Cruzada, cujos participantes em 1204 saquearam Constantinopla em seu caminho para a Terra Santa. Mastelli e outros “patrocinadores” da campanha depois dividiram o saque entre si, devolvendo seus investimentos.
O Palazzo Mastelli fica de frente para o canal Rio Madonna del Orto e está localizado em frente à igreja de mesmo nome, do outro lado do canal. O palácio é popularmente conhecido como "Casa dos Camelos" devido aos baixos-relevos decorativos na fachada que representam um camelo carregado de mercadorias. Mastelli encomendou este baixo-relevo porque foi graças à importação de especiarias africanas e árabes que fizeram fortuna. Apesar dos traços óbvios de sua presença, Mastelli não eram os habitantes mais famosos do Campo dei Mori. Esta homenagem pertence ao pintor Jacopo Robusti, mais conhecido como Tintoretto ("o pequeno tintureiro"). O turista deve inspecionar a casa em que passou os últimos 20 anos de sua vida, e sobre a qual foi instalada uma placa memorial correspondente no final do século XIX. A própria casa agora é propriedade privada e está fechada ao público.