Descrição da atração
A Casa dos Inválidos é um dos conjuntos arquitetônicos mais majestosos de Paris, conectado por uma esplanada de 500 metros com a Ponte Alexandre III. A história deste tesouro começou com um asilo para veteranos de guerra.
Até o século 17, soldados aleijados e idosos levavam uma existência miserável na França. Em 1670, Luís XIV, esforçando-se para fortalecer o exército, aprovou um plano para construir uma casa de caridade para soldados aposentados.
O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto da corte Liberal Bruan. Na planície suburbana de Grenelle, cresceu um enorme edifício com uma fachada majestosa de 196 metros de comprimento e toda uma cidade de quartéis com um sistema fechado de pátios. O maior deles, o Courdoner, era destinado a desfiles militares. O talentoso Jules Hardouin-Mansart ajudou o idoso Bruant a construir uma capela para veteranos.
Logo, Luís XIV ordenou a construção de uma capela real pessoal no complexo, e Mansart, inspirado na Basílica Romana de São Pedro, criou uma verdadeira obra-prima. No centro do conjunto existe uma incrível igreja classicista. Sua cúpula listrada dourada, de 27 metros de diâmetro, chega a 107 metros de altura. A parte central da fachada da Catedral de São Luís é destacada por colunas dóricas, na segunda camada - por colunas coríntias. O pórtico é coroado com estátuas de Luís IX e Carlos Magno. Dentro da igreja, a atenção é atraída para o enorme afresco em cúpula de Charles de La Fossa, retratando São Luís depondo sua espada aos pés do Salvador.
A construção do complexo foi concluída em 1676 e acomodou quatro mil veteranos. A vida na cidade obedecia a normas rígidas - os deficientes, trazidos para as empresas sob o comando de oficiais, trabalhavam em oficinas (sapato, tapeçaria, gravura).
Em 1789, a revolução em Paris começou com o fato de a multidão atacar a Casa dos Inválidos em busca de armas - os próprios veteranos abriram os portões. Em 1804, Napoleão apresentou as primeiras Ordens da Legião de Honra aos oficiais em uma cerimônia magnífica. Aos poucos, a Casa dos Inválidos também adquiriu as características de um museu. Em 1777, mudou-se para cá uma coleção de modelos de cidades e fortalezas (o atual Museu de Planos e Relevos), em 1905 foi criado o Museu do Exército, e há também um Museu da Ordem da Libertação (dedicado à Segunda Guerra Mundial e Charles de Gaulle).
O conjunto arquitetônico desempenha o papel de um panteão militar nacional: é aqui que se encontra o túmulo de Napoleão. Na cripta da catedral está o túmulo do imperador, esculpido em quartzito vermelho russo. Muitos comandantes franceses famosos estão enterrados na Casa dos Inválidos: Visconde de Turenne, Ferdinand Foch, Philippe Leclerc, Jean de Lattre de Tassigny. Ao lado deles está o autor da Marseillaise, Rouget de Lisle, e o coração do grande engenheiro militar, o Marquês de Vauban.
A cintilante cúpula da Casa dos Inválidos se tornou um dos principais marcos de Paris. Os turistas são atraídos pela arquitetura brilhante, o interior incomum da catedral com as bandeiras da França de diferentes épocas penduradas na nave e os troféus de armas exibidos em frente à Place des Invalides. No entanto, o complexo não é apenas um museu: cerca de cem veteranos vivem aqui sob a supervisão do Instituto Estadual de Pessoas com Deficiência.