Descrição da atração
O lago navegável Titicaca, localizado a uma altitude de 3.856 metros acima do nível do mar, com área de 8.370 km2 e profundidade de 280 m, é comum ao Peru e à Bolívia. Suas costas e pequenas ilhas como Amantani e Taquile são o lar das tribos indígenas Aymara e Quechua, cujos ancestrais viveram lá muito antes dos Incas. A maior parte dos habitantes das margens do Lago Titicaca vive em aldeias indígenas tradicionais, onde o espanhol não é considerado a língua principal e onde os mitos e crenças antigos persistem até hoje.
Às margens do Lago Titicaca, a sudeste do planalto de Collao, está a bela cidade de Puno, fundada em 1666 pelos espanhóis com o nome de Villa Rica de San Carlos de Puno, também chamada de "capital popular do Peru". A 14 km da cidade de Puno, onde os gigantescos juncos Totora crescem maciçamente às margens do lago, a etnia dos índios Uru vive em improvisadas ilhas flutuantes. Seus ancestrais, muitos séculos atrás, que se autodenominavam "gente de sangue negro", foram forçados a fugir para o lago devido à perseguição do governante do império inca Pachacuteca. Hoje, de 3.000 índios Uru, 200-300 pessoas vivem em 40 ilhas flutuantes, o restante mudou-se para terra. Essas pessoas se dedicam principalmente à pesca e caça de aves aquáticas, criam novas ilhas flutuantes, constroem casas nelas, transmitem suas crenças e costumes de geração em geração.
Vicunha, alpaca, lhama, porquinho-da-índia, raposa, pato mergulhador, gato andino e flamingos podem ser avistados nas margens do Lago Titicaca. As suas águas ligeiramente salobras são ricas em peixes, incluindo várias espécies de carpa cruciana, truta e bagre. Uma rã gigante conhecida como Titicacus Whistler também pode ser vista e é o único habitat da espécie.
A flora do lago é representada por 12 variedades de plantas aquáticas, incluindo o junco californiano Totora, a alga verde Chara e diversas variedades de lentilha-d'água.
A temperatura média anual desta área é de 13 ° C, com grandes oscilações de temperatura devido à localização elevada. A quantidade de precipitação aumenta durante o verão meridional (dezembro a março), razão pela qual inundações e tempestades frequentes ameaçam as costas nesta época do ano.