Descrição da atração
O Forte de Santiago do Utan, ou, como também é abreviado como Forte do Utan, situa-se na margem norte do rio Sado, que é considerado um dos principais rios de Portugal.
Anteriormente, no local do forte existia uma torre de vigia, que foi construída por D. João I em 1390 como torre de observação para observação da costa do rio Sado. Durante o reinado de D. Sebastião I, a torre de vigia foi modernizada, ampliada e fortificada, e um muro alto foi construído ao redor da torre. As obras foram executadas sob a direção de Afonso Álvares, arquiteto pessoal de D. Sebastião I e engenheiro de fortificações. O forte combina dois estilos: gótico e maneirismo. Entre as estruturas que foram construídas sob a liderança de Afonso Alvares está o mosteiro de São Bento, em Lisboa, que foi bastante danificado durante o terramoto de Lisboa em 1755.
Em 1580, durante uma crise dinástica em Portugal, o forte ficou ao lado de Antonio I, prior dos Cavaleiros de Malta em Portugal e pretendente ao trono de Portugal, e foi sitiado pelos espanhóis, chefiados pelo Duque de Alba. Em 1625, um farol foi instalado no território do forte. Na segunda metade do século XIX, o forte foi usado como prisão por algum tempo. Em 1890 foram efectuadas obras de restauro, tendo no território do forte a residência de verão do rei português Carlos I Mártir e da sua esposa, Rainha Amélia.
Estando o forte rodeado pela serra da Serra da Arrábida que se estende ao longo da costa, as condições climáticas são muito favoráveis para pessoas com doenças ósseas. Em 1900, por iniciativa da rainha, foram executadas as obras de construção, os antigos bunkers foram reconstruídos em edifícios hospitalares e foi inaugurado um sanatório no território do forte. Desde 1909, o sanatório foi transformado em hospital ortopédico, que funciona até hoje.